quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Another Hundred people just got off of the train…. Social life in NY

Desde que eu cheguei, o pessoal tem me perguntando onde tenho ido, com quem tenho saído, o que eu faço fora as aulas, etc. Bom, então finalmente here is the post about my social life in the city that never sleeps.  Afinal, vocês não esperavam que eu iria vir para NY para ficar em casa, né?!

New York é provavelmente a cidade que mais tem músicas, musicais, filmes, seriados sobre ela. Mas para mim, a música Another Hundred People do musical Company by Stephen Sondheim. Então me aproveitarei de partes da letra para situar na prática como funciona um pouco da vida aqui.

“It's a city of strangers,
Some come to work, some to play.
A city of strangers,
Some come to stare, some to stay.”

NY é uma cidade de transição e de Love or hate. Quando você conhece as pessoas que moram na cidade, a coisa mais comum é que a maioria não é daqui. Muitos visitantes... e dos morados recém chegados, muitos que já estão há algum tempo e ficarão ainda e vários que já estão indo embora, por vontade própria ou contra vontade. Uns amando e outros odiando a cidade.

Eu acabei conhecendo várias pessoas em várias situações diferentes. Mas claro, como já morei aqui antes, reencontrei muitos amigos, como a Caca que estava se preparando para voltar para o Brasil. Obviamente, como logo que eu cheguei eram as últimas semanas de NY dela e a visita da Raquel, amiga dela que hoje também é minha amiga, isso mil coisas para fazer– afinal, tem que aproveitar ao máximo tudo antes de ir embora.

Com isso surgiu o famoso Coral Sul-Brasileiro de Músicas Trash. Toda noite na linha 6 e do metro a gente soltava a voz com os maiores sucessos da música brasileira (e by that, a gente quer dizer sertanejo mesmo – é daí que vem a expressão laughing a song). E não é que um dia a gente se depara com o nosso ídolo Luciano, do Zezé de Camargo e Luciano? Antes de Bernardette Peters, Elaine Strich, Ruthie Henshall, Patti Lupone, Kristin Chenoweth, eu sou muito mais fã do Luciano! FATO – not! Mas foi um momento de emoções fortes.

Coral Sul Brasileiro de Músicas Trash: Eu, Caca e Raca
Uns dias depois que elas voltaram para o RS, a Ksenia, ex rommmate russa, que acabou se tornando uma grande amiga, voltou para NY para a última semana dela na cidade. Nessa última semana, ela óbviamente queria aproveitar ao máximo (e antes ela já saia todas as noites, só para dar uma idéia). Além disso, ela tinha que comprar algumas coisinhas, e eu a acompanhei... o que resultou em cenas como essa:

 

Um minuto para o meu pai recuperar os batimentos cardíacos.... Pronto. Bom, só para explicar, dessas sacolas apenas 3 eram minhas (1 da Capezio e 2 da Victoria Secrets, não que fosse pouco, mas aviso só comprei aquilo que eu realmente precisava)! As outras eram da Ksenia.  Se vocês forem nos albuns do picasa vão ver que ela aparece nas fotos com as sacolas também. Mas é bom destacar que essas cenas são bem comuns aqui em NY e eu já passei por momentos em que estava com tantas sacolas se não mais.

A maior decepção da viagem da Ksenia é que eu nunca podia fazer noite com ela nas minhas primeiras semanas de NY. Então prometi para ela que eu sairia sempre quando ela voltasse para NY.  Fomos em tudo que era club na cidade e tudo VIP. Não paguei para entrar em nenhum, e sempre tinha mesa. E ela conhecia todo mundo.

Ksenia e Eu no Griffin
De brincadeira nos últimos dias eu disse “Ksenia, depois que tu for pra Russia vai ser o fim da minha vida social”. Ela muito preocupada me apresentou para o Lorenzo, com a recomendação que ele me convidasse para sair sempre, pois eu tinha acabado de chegar. Lollo, que hoje é um dos meus melhores amigos na cidade, levou muito a sério o que ela disse. Eu brincava com ele que ele era responsável pela minha vida social.

Ksenia, Lollo e eu
 “And they meet at parties through the friends of friends who they never
know.”

O Lorenzo, é de Napoles na Itália, e estuda Direito Internacional aqui em NY. Além disso, ele dedica o seu tempo para ser praticamente um RP. Ele conhece todos os promoters da cidade, sabe tudo que se passa, conhece uma galera e assim se vai. Por causa dele, eu acabei conhecendo todo esse povo: Diego, David, Fábio, Alejandro (óbvio que eu canto), Tyson, etc. E virei meio que a token girl do grupo. I wonder when that happened before?!

Eu praticamente só andava com os ragazzos – e por andar I mean sair praticamente todas as noites. E quando eu não queria sair alguma, eles sabiam usar a jewish guilt muito bem. Mas isso iria acabar logo, pois o Lollo estava indo para a Itália para um mês de férias – o que daria uma folga na freqüência das festas.

A galerinha
No goodbye dinner que o Lorenzo fez para os close friends. Além de mim a única outra guria que havia sido convidada para o evento era a Ampi, espanhola. E ela vivia na mesma situação que eu: a token girl de Los chicos espanhóis. Então não foi a toa que ficamos super amigas from day one.  E estava com duas amigas que vieram para NY visitá-la.

Bom, mas a Ampi, infelizmente já estava se preparando para voltar para a España, muito contra a vontade dela, mas porque o mestrado dela começava duas semanas depois disso. Então, como a versão feminina do Lorenzo, ela tinha eventos sociais ótimos todas as noites. E claro, eu ia em tudo. E a Ampi tem a lista dos melhores lugares em NY, sejam restaurantes, bares ou clubs. E por causa dela, conheci Ida (italiana), Alvaro (Espanhol), Bryan – “The fucking Promoter”, Francesco e outros que agora não lembro o nome, mas encontro-os freqüentemente.

Las chicas no Budhakan
E como agora tínhamos 3 girls no grupo, deu a oportunidade para alguns girly events como janta e drinks no Budhakan, restaurante do rehearsal dinner da Carrie Bradshaw. Happy hour no Standard Hotel. E num ponto de vista de duas gurias que eram token girls no grupo dos meninos, é muito bom poder comentar da roupa que as pessoas vão e se tem algum cara bonito na festa com alguém que se interessa mais nisso do que “Dude! Check out that girl’s boobs!”.



E para fechar com chave de ouro a viagem da Ampi, na última noite dela, juntamos uma galera e alugamos uma limo por algumas horas. Para depois ir de club em club, pois um amigo nosso seria DJ num lugar, e queríamos ir em alguns diferentes.

Ampi's farewell

E como tudo em NY queriam nos cobrar um absurdo pelo service. Aí me revoltei, porque remember when I lived in California 2001/02? Qual era a empresa da minha host family? A Mello Ride Limousine! Não só já andei muito de limousine, quanto sou quite aware dos valores que eles devem cobrar por hora, dude! They ain't fooling me! (btw, aprendi a falar assim com a Caca) Conseguimos baixar o preço pela metade. 

Algumas coisas, em geral night clubs em NY são iguais a qualquer lugar do mundo. Claro, decoração é absurda. E alguns rooftops são a melhor vista da cidade ever! Alguns clubs vão ter, além do DJ algum tipo de gimmick, por exemplo um saxofone tocando ao vivo ou dançarinas estilo Ibiza. Ah, e eu já ensinei todo mundo a dançar Miami Bitch com o dedinho pra cima - Coreografia de Luísa! hehehe  Ahhh e toca todas as noites o Rap das Armas, mas mixado. Aí todo mundo espera que eu dance e me imitam, porque como eu sou brasileira supostamente eu teria que saber como se dança isso.

Todos os clubs tem algum palquinho que o pessoal sobe, eu os chamos de “show-off spots”. Eu em geral evito estes palcos, mas aparentemente aqui é algo que os americanos acham muito divertido. Só subi uma vez que fui literalmente colocada no palco pelo Fabio – maldita hora que eu resolvi ser amiga de caras que tem o dobro da minha altura. Mas foi diver até, mas complicado foi descer – não tinha banquinho.

Bom, mas não se preocupem! Minha vida social não parou porque a Ampi e o Lollo foram embora. Primeiro que o Lollo volta semana que vem. E outra que agora já conheço uma galera, e estou sempre sabendo que tem pra fazer, além de já conseguir os VIPs sozinha.

Deixo aqui a cena da música que na minha opinião melhor descreve a vida em NY e que usei trechos neste post.



Fica para um próximo post: Broadway Flea Market, Hugh Panaro’s return to The Phantom of The Opera, Minha primeira visita em NY - the Australia Reunion!!!

Beijos, Miriam

sábado, 25 de setembro de 2010

Bewitched, bothered and Bewildered... Primeiros dias de aula na NYU e Patti Lupone, La Diva

No post passado falei que os próximos posts seriam sobre a NY Nightlife, AIESEC, Patti Lupone’s book signing, e as primeiras aulas do pós! Mas como esse também será um fim de semana tumultuado com nightlife e eventos da Broadway (YAY), vou focar hoje nas primeiras aulas da pós e comentar um pouco sobre Patti Lupone.

Já dei uma atualizada nas fotos do Picasa e facebook, agora as fotos estão bem mais atualizadas que os posts, mas não dá pra saber muito as palhaçadas por trás das fotos sem que eu conte, né?! A cidade realmente não dorme e o que eu fiz semana passada parece que faz um ano, porque eu também não tenho parado muito. Fica difícil de atualizar aqui, vocês que me conhecem sabem que eu quero contar tudo. Nessas horas que começo a entender o porquê to twitter.

Bom, primeiro ao assunto que interessa o grande público... pós na NYU


Primeiro que não tem nada mais legal do que ser aluno da NYU aqui na cidade. A marca é super bem conceituada no país todo. A universidade é muito legal, e o campus principal é numa região muito divertida da cidade. E diversa também. Falarei mais em um próximo post.

Eu só tive uma cadeira por enquanto. A turma é bem selecionada, o pessoal com background das melhores universidades dos EUA e experiência profissional rather impressive. Eu sou, como o esperado, a mais nova da turma – mas a essa altura do campeonato, eu já nem me surpreendo, vai pra lista de mais um curso que eu sou a baby (oh, que bonitinho). Claro que dessa vez a diferença de idade é mais considerável do que na ESPM e AIESEC.

Mas ser a mais nova não significa ser a menos experiente. Temos um pequeno grupo de experts na aula, que é formado por mim e duas colegas, que são sócias de empresa de career coaching. O que é já é esperado para esse tipo de curso, que é focado para profissionais na área. Mas o engraçado é que aí a gente passa a aula toda dando exemplos do every-day-coaching-life (já que as 3 trabalham com treinamentos também, sente aquela vontade de ajudar na explicação).

Essa cadeira é a base para o resto do curso, então sem muitas novidades ainda. Mas a primeira surpresa: HOMEWORK! Sim, tem tema de casa! E nessa hora eu pensei “Oh, fuck!” Como estudante, eu sempre fui da lei do menor esforço! Com tanta coisa pra fazer, eu vou ter que fazer tema de casa?! Por Dios!!! Thankfully, não fui a única que me revoltei com isso. É um curso para profissionais, ninguém tem tempo e saco para fazer tema de casa.

Anyway, um pouco sobre os contatos bem interessantes em sala de aula. Uma das minhas colegas foi diretora de marketing e advertising da Lord and Taylor (major loja de departamento) por alguns anos, além de ter uma sólida carreira no fashion world. Ela é uma elegância só (quando eu crescer, quero ser que nem ela). Atualmente ela só presta consultoria no mundo fashion, mas como charity, ela organiza um evento na casa dela para young powerful women em NY para que estas moças se conheçam, façam amizades negócios e assim vai. Por young powerful women, leia-se, herdeiras como as garotas que vemos no seriado Gossip Girl. Ah, e ela disse que eu tenho a very good taste for fashion, which is a big compliment coming from her.

As duas sócias que eu havia mencionado antes, tem uma empresa bem sucedida de career coaching, mas tem encontrado problema com a parte mais psicológica do coaching. (Opportunity!!) As duas fizeram bacharelado em Wharlton, na Philadelphia que é a melhor business school dos EUA. Uma fez o MBA lá também e a outra em Yale. Pouca coisa, não? Fora isso, as duas são da comuna, e conseqüentemente já me adotaram e estão nos trabalhos de apresentar todas as pessoas around my age para que eu tenha amigos. Queridas!

Os outros são pessoas de diversas áreas que querem entrar mais para a área de coaching ou mentoring. Esse conceito parece ainda estar mal definido para muitos, assim como no Brasil.

Bom, mas por hoje chega de coaching. Agora, um pouquinho de Broadway!

Há duas semanas, graças ao meu querido amigo Pablo que é a minha best musical source in the world, eu fiquei sabendo que Patti Lupone estaria autografando a sua biografia na Barnes and Nobles. Não pensei duas vezes e fui lá ver La Diva.

Um pequeno resumé para os leigos (até porque para os que conhecem um pouco de musical, ela não precisa de muitas apresentações): E destaco, neste resume estão apenas os trabalhos de teatro musical que eu parei e disse: OMG!!!!

- Fantine Original London Cast (OLC), Les Miserables.
- Evita, Original Broadway Cast (OBC)
- Norma Desmond, Sunset Boulevard OLC
- Vera Simpson, Pal Joey Encores! Production
- Reno Sweeney, Anything Goes 1988 Revival
- Mrs Lovett, Sweeney Todd concert & New Broadway Cast 2006
- Rose, Gypsy Revival 2008 (OMFG!!!!!)

Ela tem muitos outros que foram excelentes e além de uma boa carreira na televisão e filmes. Destaco a participação dela no Will and Grace, em que o Jack quer cortar um pedaço do cabelo dela para a peruca Broadway Diva dele.

Quem acompanhou o facebook no dia sabe muito bem que foi MARAVILHOSO!!! Não só a entrevista dela foi interessantíssima, mas Patti cantou, sem ensaio nem programação nem nada, algumas das minhas músicas favoritas. Destaco Bewitched, Bothered and Bewildered de Pal Joey porque ela se divertiu muito para cantar essa.

I must say, o que realmente me deixou bewitched, bothered and bewildered com todo o evento, é que além da frase “Well, everybody agrees that Andrew (Lloyd Webber) is a bizare person” (Love it!) Mais de 20 anos depois de ter originado o papel da Fantine nos palcos do West End, a pedidos e sem lembrar muito da letra ela cantou I Dreamed a Dream,... bom, deixarei que vocês tirem suas próprias conclusões.

 

Sorry pela qualidade do vídeo, infelizmente a única coisa que tu tinha para filmar era o meu celular, e este momento deveria ser registrado. Mas o audio tá bom, então dá pra ouvir ela cantando pelo menos.

Soon to come nos próximos posts: NY Night life/social life. Primeira visita e Australia Reunion, Broadway Flea Market, Phantom of the Opera, again! E o fim do Furnishing my apartment.

Beijos

domingo, 19 de setembro de 2010

"Broadway Baby, learning how to sing and dance...": Confissões de uma bailarina aposentada

"I'm just a Broadway Baby.
Walking off my tired feet.
Pounding Forty-Second Street
To be in a show.

Broadway Baby,
Learning how to sing and dance,
Waiting for that one big chance
To be in a show."

Não, Follies não está em cartaz de novo. Essa explicação toda é para dar introdução ao um novo post tragi-comico (of course) da minha vida em NY: as aulas de dança. Demorou, mas voltei aos estudios de dança. Estou fazendo aulas no Broadway Dance Center de Musical Theatre dance e Ballet - ainda longe das pontas.

Algumas coisas que não mudaram com o passar dos anos: Ainda costuro as sapatilhas em tempo recorde! E a habilidade para fazer o coque sem espelho não sumiu.

Estou curtindo novamente o look bailarina antes de aula, e bailarina depois da aula pelas ruas de NY. O bom é que isso é MUITO comum aqui. É aquela coisa bonita de sair com a malha e meia calça e cabelo arrumado antes, e depois a mesma versão mas acabada. Admito que quase morri de dores musculares depois das primeiras aulas, mas achei que seria pior do que foi. E no BDC a gente saí das aulas acabadas!

Choques culturais na dança:

1) As minhas primeiras duas aulas foram de Musical Theatre. Bom, aí vem o primeiro drama. O que usar na aula???
Para alguém que é da escola de ballet clássico o básico para uma aula de dança é meia calça rosa, talvez uma meia calça preta em cima, malha preta e sapatilha rosa, cabelo preso em coque de bailarina, certo?

Bom, mas theatre dance não é assim. Não tem regras! Você pode vestir o que quiser, assim como pode usar o cabelo como quiser, a única coisa é que na hora das coreografias, as meninas devem usar salto alto, conhecidos como character shoes, em português corista. Agora que já fiz duas aulas, já deu pra ver o que o pessoal usa, e já resolvi o meu problema na capezio. Mas aparentemente tem tanta ciência para os saltos é tão complexa quanto a das pontas.

2) There are boys in the class!!! Não 1, não 2... metade da turma era de rapazes. E destaco, era uma turma de 30 pessoas.

3) É tudo no centro! Barra não existe - por isso deixo aqui um agradecimento para Lauren e Didi pelas aulas de ballet contemporâneo que nos ensinaram a manter o equilibrio mesmo em poses bizarras, e se cair, cair com técnica. Porque os grand-pliés e balances foram complicadinhos. 

4) Na aula: alongamentos e aquecimentos normais, plies (incluindo grand-plié, e destaco novamente, no centro), tondues, diagonal, alguma coisa mais técnica e coreografia.

5) Música: tudo é de musicais! Para dar uma idéia, os pliés são com Don't Rain on My Parade. LOVE IT! E o professor é ótimo!! Muito legal, realmente conhece muito de musical e dança. Até tem um senso de humor meio Silvio (para as ex-alunas do Ballet Studio), por mais que ele não nos chame de "bagaceiras" ou solte frases celebres como "isso aí é perna de bailarina velha". 

A primeira coreografia que eu aprendi foi do Hercules - que não é musical, mas filme da disney e pra dançar tá valendo. E, recadinho especial para aqueles que participaram das audições de Hairspray, The Gospel Truth continua me atormentando aqui. Mas era a continuação da musica num tempo MUITO absurdo de tão rápido! Bem challenging, ainda mais porque além dos passos a gente tem que interpretar. Então não nos deixam sofrer muito. 

O clima da aula é muito legal e já deu pra conhecer bastante gente. Tem de tudo, né?! Gente que tá lá pra profissional e outras que vão pra se divertir.   

Bom, agora ao Ballet...

Primeira coisa que preciso dizer é que é muito confortante saber exatamente a ordem que vai ser a aula. Com o caos que é a aula de Musical Theatre, onde eu tenho que ficar 100% atenta, na aula de ballet dá pra relaxar um pouco. E por ser uma aula para iniciantes eu fico mais tranquila ainda pois técnicamente já vi muitas das coisas que eles estão ensinando.

Não estou tão enferrujada como achava, mas finalmente sou a bailarina velha que o Silvio sempre disse que nós eramos. Mas agora eu realmente sou mais perto da "velha" em idade. Pernas acima de 90 graus (para não dizer 45)?! Não existe! Flexibilidade? En dehor? Grandes saltos? Pra quê?!

Coisas muito legais de fazer aulas em NY
1) Piano ao vivo!
2) There are boys in the class!!! Em número menor, mas ainda assim mais de 10.
3) Gente de tudo que é tamanho e idade. Gordinhos, magrinhos, altos, baixos, velhos e novos. Muito legal mesmo.

A aula em si foi ÓTIMA! Mas acho que está longe de ser um begginer. Vamos combinar (gurias do ballet, porque aqui vão termos BEM de ballet) pas de chat, pas de bourrée girando e assim vai  tá longe de ser begginer. Eu quase morri para pegar bem a valsa no centro e o rond de jambe, imagina quem realmente é beginer?!

Quanto ao o que o pessoal usa para as aulas. É bem variado. Tem de tudo, mas o básico do ballet funciona. Eu só fiz uma aula por enquanto, e tentei ser o mais tradicional possível - digamos que estava como o Sílvio diria "fantasiada de bailarina".

A professora era muito estilo Jane Blautt, menos séria e realmente mostrava os exercícios da barra pelo menos. E, pardon my french, PQP!!! O que é a técnica deste ser?! Gente, eu me dei o luxo de parar e realmente assistir ela dançar! É absurdo de tão perfeito!   

A boa notícia é que não estou TÃO enferrujada quanto eu achava. Até encarei a primeira fila nas aulas. O que é um desafio para alguém que tá voltando às aulas de dança.

Bom e já que por motivos óbvios não coloquei fotos neste post vou deixar aqui o vídeo da minha apresentação favorita de Broadway Baby, no Hey! Mr. Producer


Sem dúvida Broadway Baby, do musical Follies, é uma das minhas músicas favoritas pelo Sondheim. Além da melodia bem caracteristica dele, cheia de little tricks e notas que não são muito lógicas para os cantores, o texto dela deixa bem claro como é o dia-a-dia para quem quer ter uma carreira nos musicais. E neste vídeo, em especial, temos vários nomes de peso. 

Próximos posts: NY Nightlife, AIESEC, Patti Lupone book signing, e as primeiras aulas do pós!

I LOVE NY!
Aguardem!
Beijos

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fashion Night Out e Broadway on Broadway…

Eu tinha dois outros posts praticamente prontos, mas como estou no aguardo de fotos de terceiros, vou contar então sobre o meu fim de semana passado.

Este é da categoria “Only in NY”, coisas que só acontecem aqui. Além de ser o ínicio da Fashion Week em NY, tendo sexta feira o Fashion Night Out - um evento que começou ano passado para alavancar as vendas das lojas. No domingo teve o primeiro evento gratuito da Broadway deste ano, o Broadway on Broadway, que é um show onde os musicais que estão em cartaz ou que vão ficar em cartaz apresentam algo, e distribuem brindes, descontos e assim vai. Para quem não sabe, em NY o mês de setembro é conhecido também como o mês de volta a Broadway, que é tomada por turistas durante o verão.

Mas vamos por partes. Primeiro o Fashion Night Out que foi o mais emocionante e agrada mais o público geral. :)

O grupo em frente a Barneys
O Patrick, um amigão meu, é designer e me convidou para ir nesse evento há semanas. Como um bom um insider, ele organizou toda a nossa agenda: Marc Jacobs, Saks, Louis Vuitton, Tiffany, Henry Bendel e por último Barneys. Esse é um dia em que as lojas ficam abertas até as 11 da noite e eles fazem promoções e dão brindes. Tá, até aí é um evento de promoção normal. Mas em NY, além disso tudo, eles contam com a presença de vários grandes designers e celebridades. É um mega evento com área vip e tudo.

Bom, eu me atrasei e fui encontrar o pessoal direto na Saks. Quando eu cheguei na loja, o Patrick já estava na área do Victor & Rolf que era mais seleta. Eu estava indo me encontrar com eles mas fui abordada por uma guria que me pergunta se eu quero ganhar um perfume (e é contra a minha religão negar brindes). Eu jurando que era uma amostra gratis. Não!!! Era um perfume caríssimo da Guerlain, e estavam dando apenas 5 e eu fui a última ganhadora. Aí me colocaram numa fila para falar com a Designer, que nessa hora eu NEM imaginava quem era. “I’m a big fan of your work” sempre funciona.

Aí a guria que tinha me chamado antes, que era gerente de marca da revista Tempt’d, me perguntou se eles poderiam me entrevistar já que eu fui uma das poucas ganhadoras e era do próxima do perfil da revista. Aceitei, né?! E com isso assinei mil papéis autorizando o vídeo e assim vai (aqui nos EUA é tudo documentado). E foram os meus 15 segundos de fama em NY, ou pelo menos eu achava.

Subi para o 7º andar onde estavam Patrick e duas amigas. Era uma região bem mais tranquila que o povo lá embaixo (gente fina é outra coisa). E ficamos lá socializando enquanto os designers Victor & Rolf estavam para chegar. Organizaramo pessoal numa fila para iriem em ordem falar com os designers (conhecidos, amigos ou fãs não interessa, tem que seguir a fila).

Uns "brindes", a foto com Victor & Rolf tá ali no canto

Não sei o quanto vocês estão informados, eu realmente não estava, mas a última coleção deles foi com tema de cama. E por isso, o ambiente era preparado para que eles sentassem numa cama king size e quem quisesse conversar ou tirar foto com eles teria que subir na cama – tinha uma escadinha, afinal as mulheres estavam todas de salto. E aquela coisa, mil fotografos por tudo que era canto e lado. Aí já viu o caos que seria uma queda. E vocês me conhecem, né?

Os designers chegaram e começou a função de cada pessoa ir lá e tirar foto e/ou conversar com eles. E eu na minha conversando com meus amigos na fila, rindo e contando piada, quando um dos fotográfos veio falar comigo e pediu que quando eu fosse subir a escadinha para falar com os designers que olhasse e sorrise pra ele, porque queriam usar a minha foto para promover o Fashion Night Out.

Bom, aí como mandaram, subi a escadinha, sorri, tiraram a foto. Fui na cama com o Victor & Rolf, e depois, mais papéis pra assinar autorizando eles a usarem a foto. Por isso ganhei uma camiseta do Fashion Night Out. Já que não me pagaram nada, fica para lembrança. E depois fomos nas outras lojas e foi muito divertido mas não tão emocionante nem nada de muito especial.
Brindes, compras... enfim, uma Fashion Night Out de sucesso

Bom, agora sobre o Broadway on Broadway... A chuva no domingo atrapalhou um pouco. Mas os shows foram bem legais. O que eu acho mais engraçado é que é as pessoas ficam em muito silêncio quando estão tendo as apresentações, ao contrário de um show de rock por exemplo. Bom, de big names quem estava lá: Sutton Foster promovendo Anything Goes que vai voltar em Abril; Kelsey Grammer aka Frase Crane que era o host; Marin Mazzie (que é tão assustadora ao vivo quanto nos vídeos); Beth Leavel com Mamma Mia.


La Cage Aux Folles e Chicago: Ultra Broadway a foto

Este ano eles fizeram algo chamado de Broadway Village. Cada musical tinha um quiosque. E além de ganhar calças, acabei ganhando ingressos para American Idiot, o musical com músicas do Green Day.

Okay, so review... Essa é parte BEM Broadway

Em geral, Spring Awakening 2?! Mas versão piorada? Ok, não sou uma grande fã de Spring, entretanto, era um musical que a história e as músicas faziam mais sentido (o público não deveria se esforçar para tentar entender a história do musical), e melodicamente falando era BEM melhor. Para mim, American Idiot foi uma tentativa fracassada de criar um novo Rent baseado no Spring Awakening. Didn’t quite work. Não digo apenas pela música, mas a idéia de deixar as pessoas assinarem nas paredes e portas do teatro já acontecia durante anos no Nederlander Theatre durante Rent.

O elenco era muito bom. Várias carinhas conhecidas do Spring Awakening – até porque o musical é “parecidinho”. John Gallagher Jr foi muito bem, óbvio, até porque ele tem bem o tipo de voz para cantar punk rock - mas longe de ser a Tony Award perfomance dele, levou bem o musical, e snaps pelo violão! Os outros leads também, foram bons.

Os arranjos musicais ficaram bonitos, o cenário até um pouquinho impressionante (tentativa de fazer rent um pouco mais alto – quem assistir os dois ou ver no youtube vai entender o que eu quero dizer com isso). Eu teria saído completamente decepcionada com o musical, mas eles conseguiram mudar um pouco a situação quando trouxeram o elenco inteiro tocando no violão e cantando Time of Your Life, que ficou lindo.

Agora, eu estava ansiosa mesmo para assistir ao vivo o Tony Vincent! E ele não decepcionou! É impressionante a capacidade vocal deste ser! Eu já conhecia o trabalho dele como Judas em Jesus Christ Superstar, do great Andrew Lloyd Webber. No American Idiot ele canta coisas completamente diferentes e I was very impressed, mesmo não amando a peça. Ele consegue cantar coisas do rock e do metal com tanta técnica, o cara não faz esforço nenhum e sai um vozerão!

Mas já que foi falado do Tony Vincent fica aí um trechinho de Heaven on Their Minds, infelizmente não é o começo da música mas ainda tem um berros.


Enjoy! Beijos

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A spoonful of sugar: Moving e Cleaning, sem dúvida uma aventura...

E aí pessoal! Andei meio sumida pois me mudei e até agora há meia hora atrás estava sem internet em casa. Desde o último post já daria para escrever no mínimo uns 4 com a mudança e limpeza do apartamento, Labor day weekend (mil atividades sociais, pra variar, e viagens) e a primeira semana no apartamento e última semana da Caca e da Raquel em NY, o que acaba resultando em mais atividades sociais e a parte de "mobiliar" o apartamento. Mas vamos focar no apartamento for now.

Quarta feira assinei o contrato e comecei os trabalhos de mudança. Which means, comprar a cama, ar condicionado, e trazer as malas. Esse era o primeiro passo. Depois disso, quanto as compras, vieram as coisas básicas: cortina pro chuveiro, alguma coisa de cozinha, gavetas e cabide pro armário que só tinha um cano para pendurar cabide... e escadinha. E produtos de limpeza É tanto detalhe que eu esqueci de algo MUITO importante: Cortinas. Aqui não tem venezianas, então sem cortina fica luz entrando o dia todo.

E esse é um detalhe importante. Luz entrando o dia todo faz com que o apartamento fique QUENTE!!! E o AC só chegaria no segundo dia (BTW, foi quase impossivel achar algum lugar que ainda vendesse AC, porque é final da season). Bom, a sorte é que eu tinha marcado o albergue até a sexta, então na quarta me dediquei mais a organizar as coisas. Só que cheguei no apartamento e tava imundo! Bom, eu, toda patricinha que sou, fui lá e limpei como se não houvesse amanhã num calor de 40 graus sem ar condicionado. Obviamente tive que comprar mais produtos de limpeza do que os primeiros que eu havia comprado. Foi uma cena linda, de fato! Mas não tem foto.

Bom, chegando na metade da tarde eu vi que não daria conta do recado até que a cama chegasse. Então pensei em ligar para um maid service para me ajudar. E foi aí que eu descobri que cleaning service e house keeping também são termos usados para limpar nome, financeiramente falando. Liguei para 10 números e todos oferecendo serviços financeiros e eu naquele calor do cão desesperada por uma faxineira. Até que finalmente consegui achar um número que de fato era para house keeping, e mandaram uma para cá que salvou a minha vida.

Entretanto, ela descobriu que a pia do banheiro estava entupida. De qualquer forma no dia seguinte eu ia para lá de manhã para receber a cama e as coisas que eu comprei no bed bath and beyond. No dia seguinte o plummer foi lá e trocou os canos do banheiro e problema foi resolvido na hora. E o ar condicionado foi instalado também. E o banheiro ficou pronto! :D


Assim foi quando eu cheguei
Depois: destaco que fui eu quem montou o movél onde estão os cremes
e a cortina do chuveiro

Quinta a noite fui na TJ Maxx comprar lençois, cobertor e assim vai para a cama. Pois a idéia era já dormir no apartamento. Mas eu ainda não tinha lembrado das cortinas. Bom, sexta feira a Júnia veio para NY me dar uma mão com a mudança e compramos as gavetas pro armário entre outras coisas. Por sorte ela estava parando na casa de amigos em Staten Island, e tinha lugar para eu ficar.


Ainda um pouco bagunçado, mas com gavetas.

No sábado de manhã após encontrar uma amiga minha for brunch, a primeira coisa que eu fiz foi correr na Bed, Bath & Beyond do lado de casa, que há essa altura já são meus sócios de tanto que eu vou lá todos os dias e resolvi o problema das cortinas q eu mesma instalei. Bom, como a situação é precária, só instalei o black out.

Ainda estou parcialmente morando da minha mala, mas no domingo de manhã encomendei a mobília no ikea...: Sofá, dresser para os sapatos e um armário e terça comprei boa parte das coisas de cozinha. A foto do resto do apartamento vai ter que esperar quando tiver o resto dos móveis para dar o efeito antes e depois. Mas já sabem que a partir do dia 17 eu tenho sofá available.

Aqui as coisas são bem baratas em comparação com o Brasil... mas oh, vocês já viram o preço das panelas??? Que absurdo!!!!! Se eu cozinhasse muito até vai! É caríssimo!!! As panelas chegaram ontem, e até agora ainda não tive tempo/saco de lavar - aé porque não comprei comida pra cozinhar ainda, então no rush. Mas aí eu falo que minhas panelas estão me esperando e as gurias só tiram com a minha cara!

Encerrarei por aqui pois, como a maioria de vocês já sabem, essa época é dos High hollidays, então vou up state jantar com meus parentes daqui e tenho que pegar o bus daqui a pouco.

Mas em breve escrevo sobre a ida ao the hood, Brooklyn, no sábado e viagem de domingo e segunda para Philadelphia e New Hope, West Side Story e so on.

Shaná tová umetuká para aqueles que comemoram!!


Beijos

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Living in NY

Recebi este artigo de um amigo sobre a vida em NY e achei interssante mostrar para vocês. 
You might get a kick out of it.

84 million new-yorkers suddenly realize...

Beijos e happy labor day weekend!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Apartment hunt VI: The Saga's End and a life at the hostel...

Depois de alguns estresses básico em relação a documentação do apartamento. Finalmente consegui fechar o negócio e assinei o contrato na quarta feira de manhã e comecei a mudança right away. No dia que fechei o negócio já comprei a minha cama e o AC para garantir a sobrevivência no calor infernal que é essa cidade e já encomendei a internet, né?! Porque sou meio viciadinha. Mas deixarei a mudança para um próximo post, pois ainda estou na metade, então não sei quantas coisas tragi-cômicas ainda vão acontecer - posso adiantar que já tem bastante coisa pra contar.

Grant e eu depois de fechar o contrato: detalhe, a gente foi pra reunião sem ter certeza que ia sair o lease
Por mais contente que eu esteja em finalmente ter o meu apartamento e poder unpack, admito que sentirei saudades da vida de albergue. Sei que sempre surpreendo quando eu falo que adoro ficar em hostel - posso até ser um tanto patricinha, mas estou longe de ser fresca para esse tipo de coisa. Acho muito divertido: a gente conhece gente do mundo todo e sempre tem algo diferente para fazer. Fico triste de pensar que mais alguns aninhos já não serei mais da appropriate age.

Estou no albergue desde que eu cheguei, por ser um apartamento (o que é super comum aqui em NY para esse mercado de hostel e guest house) a gente acaba se sentindo super em casa. Eu tinha duas roommates russas, Ksenia e Anna, que no início foi meio complicadinho de conviver com elas (elas saiam todas as noites e voltavam e faziam MUITO barulho, ligavam as luzes e tudo mais, o que eu normalmente não teria problema algum, mas eu tinha que acordar cedo para ver apartamentos). Mas já no 3o dia já estávamos super amigas, e eu também comecei a sair com elas - porque já estava com o apartamento meio arranjado aí podia "aproveitar" as férias.

Anna, Eu e Ksenia packing
Aprendi muitas coisas sobre a Rússia. Principalmente que elas se arrumam MUITO. E como no Brasil, as roubas, acessórios e assim vai são muito caros. E eles conhecem o Créu. O engraçado é que as duas são muito diferentes (e a dupla viajando junto era que nem eu e a Giovana quando viemos pra NY em 2004). A Ksenia era muito ligada em moda, festas tudo que é current event mas completamente desligada com as coisas dela, horários etc. Tava sempre pronta pra festa e conseguia VIP pra todo mundo. E não preciso nem dizer que na noite antes delas irem embora eu e a Anna tivemos que ajudar a Ksenia a arrumar as coisas né? A Anna é mais calma um pouco, mas também sempre na social. A Anna e eu brincávamos que eu era a versão brasileira dela e ela minha versão russa, porque ela também canta e dançava.

Talia, Dan e Matt
Pouco tempo depois que eu e as gurias ficamos muito amigas, vieram para o nosso apartamento mas num quarto separado os meninos: 2 Brits, Matt e Dan, 1 NZ, Talia. E isso contribuiu muito para a animação no quarto. Fora que eu e a Anna passavamos boa parte do tempo imitando o sotaque do Dan que era muito posh! Ahhh e eles me chamam de Mimi o que eu achava muito engraçadinho (apesar de que o Pabs me chama assim há séculos), o sotaque fazia soar como Meimi.


E o Talia fica com o destaque por ser a pessoa mais random musicalmente falando. Nunca tinha conhecido alguém tão fã de David Bowie na minha vida. Além disso ele é o autor da frase: "You look like a shorter version of Cher in the picture". Além que fala da Cher casualmente numa conversa, no mínimo merece ser respeitado.

Foi muito divertido e como eles tinham menos coisas certamente contribuiu para a organização do quarto - o que comprova a minha teoria de que quartos mistos de albergues são melhores, mais organizados e certamente mais divertidos. os 5 foram sem dúvida roommates que marcaram. E o Johny que é o dono do albergue que hoje é meu brow! ooy Além desse pessoal no quarto estava a Trish, Canada, e a Rachael, England, também muito queridas, mas não tão agitadas.
Dan e as mulheres - para compensar o fato que eles estavam
em um bairro gay, os guris estavam num quarto com 6 gurias.
Bom, mas além das eis as coisas óbvias que eu vou sentir falta de estar no albergue, admito que vou sentir falta de estar na região de Midtown. Entendam, o bairro que eu vou morar é ótimo, mas é... como dizer... um pouco menos alegre. Hoje eu estou no Hell's Kitchen, que além de ser alguns blocks away do Theatre Circle, é super in! É também um bairro gay, aqui quase todas as janelas tem uma rainbow flag e tem bares e restaurantes ótimos (importante destacar que em NY, os melhores bares, restaurantes e clubs são encontrados nos bairros gays como Tribeca, Chelsea, Hell's Kitchen).

Posh for life
E o lugar que eu mais vou sentir falta é o Posh. Posh era um bar de karaoke que a gente não pagava pra entrar. Era gay mas vão muitos heteros. Mas eu e as russas fazíamos amizades sempre que pasávamos pela frente - que era todos os dias pois o bar é do lado do albergue. Admito que só fomos uma vez. Mas por causa do nome Posh era sempre comentado nas nossas conversar. Além dos elogios mais randoms que a gente ouvia no caminho "LOVED your shoes" "that's such a cute outsite" "rock that out, girlfriend".

Mas o que eu mais gosto desse bairro é que é quase todo mundo tem cachorrinho. Aí todos os dias eu socializo com algum, para matar a saudades da Ullinha! Mas já vi que tem um schnwauser na minha rua nova. :)

E tirei essa foto em especial para a Fê, Dani, Rê e Guilherme: no último dia dos meninos aqui em NY eu os levei na FAO Schwartz, que é uma loja de brinquedos super famosa aqui. Bom, lá eles tinham uma candy shop.. e olha o que tinha:



Amanhã a Júnia vem pra NY de novo para dar um help com o meu ap, e no sábado de manhã encontro a Aliyah, que já faz um ano que não vejo!! :)

Bom, me I'll say goodbye hoje como uma midtown gal, pois a partir de amanhã eu já serei uma upper east sider, ou seja, apenas usarei saias e vestidos super grifados e tiaras que nem a Blair Waldorf (tô brincando!!!!) E vou ficar devendo um video do RENT para manter o tema. Mas não tive muito tempo essa semana.

XOXO