sexta-feira, 27 de maio de 2011

"Tra la it's May"

Eu sei que o último post não foi muito update, e foi mais uma review. Então, como desde o último post muitas coisas aconteceram, resumirei ao máximo! 

Como muitos devem saber, o mês de maio foi um mês de visitas super esperadas! Com isso muda a rotina, que nessa cidade é praticamente inexistente, para atividades turísticas e sociais. O problema é consilhar tudo com o trabalho e as aulas (de dança e canto agora) e a agenda cultural.

Bom, antes de entrar nas atividades com as visitas, vou contar um pouco o que tem se passado na cidade, afinal faz parte da rotina.

O que vale a pena conferir, para os fãs de moda e arte moderna, é a Alexander McQueen Exibit no Metropolitan Museum. Eu e a Carol fomos lá há duas semanas, enfrentamos a fila interminaveis e depois a superlotação da exposição, mas não nos arrependemos. A exposição estava linda, mostrando bem as roupas e o clima e conceito de cada desfile. As peças mais marcantes estavam lá, desde os vestidos mais conhecidos aos sapatos que ninguém consegue usar, além de ter uma boa mostra dos chapéus desenvolvido pelo Philip Tracey para algumas coleções. 





Além dessa mostra, agora estamos Tony Award Season! E obviamente não faltam cartazes na cidade para lembrar disso. O Visitor Center da Times Square virou um pequeno museu do Tony Award, com objetos das premiações, figurinos premiados, documentários e exposição de cena dos musicais e peças indicadas para as diversas categorias. 







Este mês, a convidada a palestrar para o grupo que a minha colega de pós organiza foi uma agente do FBI. Gente, foi o máximo!!!! Sem dúvida uma das palestras mais interessantes que eu já vi na vida. E acho que a primeira vez que eu ouvi “O problema de carregar arma é que estraga qualquer roupa!” como se fosse o comentário mais normal do mundo. Mais do que isso não posso postar no blog, sorry! =)




Este sábado fui no NY opera debut da minha querida amiga Cláudia Azevedo! Fui representando o Fan Club dos tempos da OSPA. 



Fora isso, de diferente e inusitado do tipo de coisa que só acontece do nada em NY, fui entrevistada para um filme acho que é “Friends with Benefit”. Crédito das fotos é do Gui que estava testando a camera dele. 




Um FYI para a turminha do ballet... começou a season do American Ballet! Yay!! Já estou vendo meus ingressos para Giselle e Don Quixote! Com Paloma Herrera!

Fora isso correria para ter mais trabalho, e fechando alguns treinamentos por aqui. Busy, busy!


Bom, agora as atividades com as visitas! 

Nas últimas duas semanas tive a visita de duas amigas muito queridas! A Lú e a Pati - a Lú ainda tá aqui. Como a Pati veio passar pouco tempo na cidade, a idéia era aproveitar ao máximo para conhecer tudo, então já no primeiro dia passeamos por todo o downtown. 



A Pati trouxe duas amigas super queridas! A Sil e a Tammy. Mais fotos por enquanto vou ficar devendo, porque a maior parte delas foi com a maquina da Sil. Infelizmente o tempo não ajudou muito nos passeios. Mas conseguimos ir em alguns pontos diferentes da cidade como the Top of the Standard Hotel e o Backroom. 


@PA em massa em NY!
A Lú, como ficou mais tempo conseguiu aproveitar um pouco mais da cidade e com sol. Do frio de 15 graus, hoje estamos com 27 graus de dia e 20 a noite. 

Bom, dado o tempo maravilhoso em alguns dias e péssimo em outros. Conseguimos aproveitar bastante a vinda da Lú. A chegada dela na cidade já foi com um backstage tour da Broadway do Wonderland thanks to my dear friend, Ray, que trabalha no teatro. (mas sorry, sem fotos lá dentro)

Vimos as obras de arte estranhas da cidade...





E artístas de rua diferentes...



Visitamos pontos turísticos...










Mas com tudo isso, chegamos a conclusão que poucos sabem tirar fotos. E eu cheguei a conclusão que sou uma nerd de fato ao demorar 1:30 para contar a história do Fantasma da Opera com detalhes e principais falas e momentos da orquestra - oy vey!

Dia 30 a Lú segue viagem para Orlando e meus pais chegam no albergue. Sexta que vem tiro uma semana de férias para ir para a Costa Rica e Panamá! :D

Então encerrarei o post por aqui, e provavelmente só volto a postar na volta da viagem.

Beijos!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Wonderland... an appropriate review

Sorry guys, mas este post é só sobre musical.

A maioria de vocês sabe que eu tenho um costume de me apaixonar por um musical e querer assistir mil vezes. Bom, claro que isso aconteceu com vários desde que eu cheguei em NY. Desde agosto já passei pela fase La Cage, Addams Family, Anything Goes, entre outros. Mas hoje estou vindo aqui para dar para vocês uma review apropriada de um dos meus musicais favoritos dessa temporada: Wonderland.

Infelizmente não poderei fazer isso com uma das minhas mais novas broadway obsessions, Wonderland, pois o musical da vez teve sua closing performance hoje a tarde. O musical recebeu péssimas reviews e não foi indicado a nenhum Tony Award. Mas ao contrário do que vocês podem estar imaginando, devido as reviews e os prêmios, é um musical ótimo com um elenco fantástico.

Bom, eu sei o que vocês estão pensando, e é verdade, eu as vezes gosto de musicais ruins. Eu admito ter assistido Little Women 6 vezes e amado cada performance. Eu admito ter adorado Good Vibrations e ter assistido duas vezes Woman in White, lembrando que nem mesmo o Andrew Lloyd Webber (the composer) admitiu não gostar do musical. E mesmo com todos os defeitos e apesar de não concordar com a linha que a história teve, eu adorei o recording de Love Never Dies.

O que muitos não sabem é que existe sim uma politcagem na broadway e um atual non-spoken boicote as produções de Frank Wildhorn, o compositor (também conhecido pelos musicais de sucesso: Jekyll and Hyde e Scarlet Pimpernel, Victor/Victoria; e pelo musical de não tanto sucesso mas muito falado: Dracula, que o score era maravilhoso). E resolvi que uma das minhas missões no mundo é mostrar para todos que Wonderland é na verdade uma das melhores peças em cartaz esse ano.

A história, com base em Alice no País das Maravilhas, é ser super smart e gostosa de assistir. É o tipo de musical que prende a tua atenção e ao mesmo, consegue ser kids friendly ao mesmo que permanece interessante para adultos. Cheio de inside theatre jokes, para os amantes de teatro musical: Gypsy, A Chorus Line, Wizard of Oz e até South Pacific.

Os elementos de sucesso são bem simples:
- Personagens interessantes: uma vilã estilosa e sem um pingo de de bondade, com uma rainha louca, ego-centrica mas muito carismática (duas personagens que gostaria muito de fazer); e os times do the good versus the evil, mas todos de alguma forma tem um parafuso a menos.
- Um score que utiliza tudo que os cantores podem oferecer
- Coreografias apropriadas e divertidas.
- Figurinos maravilhosos
- A boy band: que originalmente só tinha uma música, acabou sendo adaptada para números nos dois atos e sem dúvida é o grupo mais aplaudido no curtain call.
- Números maravilhosos nos dois atos.

Mas melhor do que eu contando, é assistir alguns números:




Além de muito divertido e gerar muitas risadas, também permite que o público se emocione e muito. Eu admito ter ficado com os olhos cheios de lagrimas nas 3 vezes que assisti a peça (e para eu chorar no teatro não é assim fácil). E posso dizer que não conheço uma pessoa que saiu desse musical dizendo que foi ruim. A reação do público sempre foi ótima.

Acho que nem preciso comentar na performance de cada um deles. O ensemble em geral era maravilhoso. Mas realmente standing ovations para Kate Shindle como Mad Hatter e Karen Mason como Queen of Hearts, que roubam a cena.

Bom, da closing night o que tenho a dizer foi que foi super emocionante e a energia do teatro realmente foi muito boa - apesar do público e elenco estarem muito tristes com a situação. Obviamente fiz a social usual com o Rey e encontrei um pessoal do elenco antes da peça e estamos todos com a sensação que esse closing foi cedo de mais. A apresentação foi definitivamente memorável... mas não chegou perto do que aconteceu depois, que foi realmente a surpresa do dia.

Assim que acabou o curtain call, Darren Ritchie, que faz o White Knight, começou a fazer um discurso e era possível ver que boa parte do elenco não estava esperando o que ia acontecer, pois as reações de surpresa começaram a ficar engraçadíssimas. Bom, deixarei que vocês vejam o que aconteceu com os próprios olhos e em primeiríssima mão, mas foi LINDO. E aviso que ficou tremido no final do video porque tivemos que levantar.



Enfim, um dia de fortes emoções.

Aproveito para agradecer ao Pablo por ter me convencido a assistir o musical, in the first place. Eu achava que ia ser a pior coisa na broadway e mais brega impossível. E sim era brega, a Alice era "latina e crespa", mas era TUDO de bom! :)

Torcendo que Wonderland volte para a Broadway, at some point, ou que tenha uma longa vida em national ou international tours.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Últimos dias como uma NYU Student e Women Who Care Luncheon

Como muitos já estão sabendo, acabei minhas aulas na NYU no sábado! Nas últimas duas cadeiras parecia final de curso de faculdade onde todo mundo se conhece, e já bateu aquela saudades antecipada de últimos dias de aula. Passou voando, e acho que foi mais rápido para mim que estava estudando lá do que para quem me perguntava “E as aulas, hein?!”, querendo dizer que o que eu menos fiz aqui foi estudar. Mas é que não é tão interessante assim postar sobre o que acontece nas aulas.

Em geral, o curso foi ótimo! Claro, algumas cadeiras eram mais chatinhas outras muito boas...  Continuei com a minha filosofia de socializar antes, depois e, principalmente, durante as aulas. Mas apesar disso, consegui terminar o curso com destaque, principalmente pelas aulas práticas e discussões em aula. Recebi ótimos feedbacks das professoras das cadeiras de encerramento e apesar de só entregar o trabalho final na sexta, posso me considerar pós-graduada. Mas ainda demoram 6 semanas para entregar o certificado. :) 

Petit Comitee celebrando a "formatura"


Women Who Care Luncheon:

Na quinta feira passada, fui a um dos maiores charity events que acontece em NYC, o 10th Annual Women Who Care Luncheon. Com direito a red carpet e tudo.

É um evento que pelo é uma premiação para mulheres que fazem grandes trabalhos comunitários. Esse ano entre as premiadas e homenageadas estavam Lauren Bush (com o programa das FEED bags) e Petra Nemcova. E foi apresentado por diversas celebridades como Ivanka Trump.

Com isso, obviamente, teve todo o stress de “Eu não tenho nada pra usar” para achar a roupa e depois obviamente o tempo não colaborou com o que havia sido programado, e até cheguei a pedir ajuda dos universitários (aka amigas designers). Mas no final deu tudo certo.

Sai de lá com duas gift bags, lotadas de coisas ótimas, desde gift card na Cold Stone para tomar sorvete, até uma carteira da Judith Ripka, corte de cabelo em um dos melhores salões de NY - que será usado na sexta - e mensalidades de graça em academias de ginástica. 

Infelizmente não tirei fotos, até porque pegava mal. E obviamente com convidados tão VIPs, não é surpresa alguma que não tenha saído fotos da nossa mesa, mas abaixo estão algumas fotos do evento 



Para os curiosos, mais informações sobre a organização: http://www.womenwhocare.org/

Outras novidades interessantes das últimas semanas:

No mesmo dia do evento, no final da tarde, eu e a Carol fomos numa festa no MOMA que poderia ser considerada qualquer coisa, but a party. Mas quantas vezes na vida a gente pode ir numa festa dentro de um museu, né? Mas a verdade é que nos divertimos muito mais na saída quando fomos conferir o famoso Burger Joint, que não chega aos pés do Shake Shack. Mas foi divertido porque a gente podia assinar nas paredes.



Essa foi uma semana cheia de AIESECos em NY, com a visita da Taty da @Bogota e a chegada do Guilherme da @PA. 



Essas últimas semanas foram cheias de encounter com celebridades... Fora o evento na quinta feira, vi o Kevin Kline num café na quarta passada, fui no cinema com a Queen Latifah no domingo e almocei com a Natalie Portman ontem mesmo. 


Tive outro dequelas palestras na casa da minha coléga de pós. E dessa vez a convidada era a First Deputy Mayor do Prefeito Bloomber, que foi interessantissimo. Ela que organiza tudo que acontece de exposições de arte nas ruas da cidade (como os gates em 2005, as Rosas da park avenue e agora o horóscopo chinês na frente do Plaza). E estou super animada para a desse mês que é com uma agente do FBI. 



On Broadway...

O assunto do momento é The Tony Awards! Para quem não sabe é o Oscar do teatro nos EUA, assim como o Oliver Awards é na Inglaterra. 

Os indicados saíram há alguns dias, e apesar de na maioria das categorias os resultados foram óbvios, algumas surpresas ao ver que Wonderland não foi indicado a nada (e depois falam que não existe bulling em musicais). Em função disso a produção anunciou sua closing date para domingo, dia 15. Meu ingresso já está garantido.

Bom, como muitos perguntaram quais são as minhas apostas para esse ano, here they are:

Best Play: War Horse
Best Musical: Book of Mormon
Best Book of a Musical: Fico na dúvida entre Book of Mormon ou Scottsboro Boys
Best Original Score (Music and/or Lyrics): Sister Act
Best Revival of a Play: The importance of being earnest
Best Revival of a Musical: Anything Goes

Lead Actor in a play: Al Pacino
Lead Actress in a play: Vanessa Redgrave, e se não for pra ela, eu fico revoltada.
Lead Actor in a Musical: Eu torço para o Norbert Leo Butz em Catch me if you Can, mas acho que vai para Tony Sheldon, que está também arrasando em Priscilla.
Lead Actress in a Musical: Patina Miller, sem dúvida.

Featured Actor in a Musical: Adam Godley, se não for, eu choro. 
Features Actress: Tô achando que vai para a Laura Benanti, mas fingers crossed para Victoria Clark.

Directions of a Musical: Book of Mormon
Choreography: Realmente não sei.. os 4 tem chance.. Mas acho que será um ano de Book of Mormon. 
Orchestrations: Se Catch me if you Can não ganhar nessa categoria, sem mais comentários.
Scenic Design of a Musical: Anything Goes ou Book of Mormon
Costume Design: Esse é o prêmio para Priscilla 
Lighting Design: Anything Goes, mas pode ser book of mormon.. ou Scottsboro Boys. Mas alguém explica porque que Priscilla não foi indicado para essa categoria? 
Sound Design: Catch me if you can.


Mais reviews coming up nos próximos dias. Incluindo closing night the Wonderland :)
Beijos

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Bye bye, Osama!

“The enemy of all of us here in Oz is dead... Good news!” - Wicked.

Admito que não tinha planos de escrever sobre algo que todos podem ler nas notícias. Mas muitos vieram me perguntar sobre a situação na cidade e o que eu acho disso. Então aqui vai um post dedicado ao 1o de Maio, dia em que mataram o Osama Bin Laden. 

Ontem a noite, quando a notícia saiu parecia a cena de abertura do musical Wicked, "No one morns a wicked". Os munchkins (o povo) nas ruas comemorando a morte da Wicked wich of the west (Bin Laden). Um pouco estranho comemorar a morte de alguém, por pior que tenha sido essa pessoa, ficou aquela impressão de “olho por olho, dente por dente”, nada desenvolvido ou que traga a idéia de paz. 

Mas acho que quem não estava aqui em 2001, vai ter muito mais dificuldade de entender que os americanos não estão comemorando o “olho por olho” e sim a possibilidade de por um fim na famosa guerra contra o terror (que nós também sabemos que está longe de terminar).

No dia 11 de Setembro de 2001, eu tinha 16 anos e morava na California. Lembro da minha host chamando antes da hora de acordar, para ver que aconteceu um acidente de avião com uma das torres gêmeas. Poucos segundos depois a segunda torre é atingida e na hora troca a explicação embaixo na tela de “acidente” para “ataque terrorista”. Nesse dia no colégio não tivemos aula, ficamos o dia no auditório assistindo as notícias e podendo sair para fazer ligações para saber de família ou amigos em NY. Lembro que assim que cheguei da aula, eu e os outros amigos intercâmbistas trocavamos e-mails e ligações para saber se estavam todos bem. E durante meses era só o que falavam no país. Não só NY foi atingida nesse dia, o país todo parou. 

Nas semanas seguintes, o repertório da aula do coral mudou e aprendi todas as canções de “God Bless America” e assim vai. E não me surpreendi a ver que até mesmo os mexicanos da vizinhança, que antes recusavam dizer que tinham qualquer identificação com o país, colocavam bandeiras americanas nas suas casas (junto com as do México, é claro).

Ontem tanto nas notícias como no facebook era possível ver a felicidade do povo americano, e de alguns simpatizantes. Muita gente nas ruas, buzinas, e meu celular já cheio de mensagens para ir para times square ou world trade center... parecia final de copa do mundo quando o Brasil ganha (claro, da forma mais comportada, ainda estamos falando dos EUA). E na hora it hitted me, hoje é um dia histórico e eu estava na cidade que tudo acontecia, porque ficar em casa assistindo pela televisão???

Liguei para a Juliana, minha amiga de Ribeirão Preto, que mora aqui perto e não pensamos duas vezes e fomos para a Times Square. 

Apesar de ser 1 da manhã de um domingo, as ruas estavam bastante movimentadas e o pessoal feliz e falando com qualquer estranho na rua como se fossem da mesma família, torcedores do mesmo time. Que nem durante a holiday season ou superbowl. 

Chegando na Times Square, todos estavam vestindo alguma coisa com as cores da bandeira (incluindo eu e a Juliana que estavamos de azul e vermelho). Todos cantavam o hino nacional ou as chants patriotas como God Bless America, algumas novas dedicadas a vitória de Obama vs Osama, e algumas mais ofencivas, pero no mucho, para Osama. Fora isso, aplaudiam como se os Beatles estivessem tocando cada vez que aparecia no telão de breaking news “Osama Bin Laden is dead”.

Na times square estavam também fire fighters que serviram no WTC em 11 de setembro de 2001, que foram as grandes celebridades da noite.







Depois da Times Square, e já que estávamos na rua mesmo, resolvemos pegar o metro para o WTC. No metro mesmo já fizemos amizade com um pessoal que também tinha que acordar cedo no dia seguinte, mas tinham que presenciar o que estava acontecendo. 

Chegando lá, ainda mais pessoas do que na Times Square, e muito mais agitado. Cheio de Marines, Army people, Fire fighters, imprensa, e amigos e parentes de quem estava lá no dia. No WTC não só se comemorava o fim da busca por justiça como se lembrava o que tinha acontecido e a possibilidade de finalmente dar um fechamento. 





Acho que nunca vou esquecer a felicidade e alivio na voz de um americano que nos emprestou uma mega bandeira para tirar a foto quando ele me disse “We got him!!! We got him!!!”. 


Na placa da esquina da Church e Vesey um grupo de pessoas colocaram uma fita em cima e trocaram o nome para “Win” “Win”, aproveitando a atual catch frase do Charlie Sheen. 





A felicidade dos moradores de NY era tanta, que até a coca-cola (“líquido negro do capitalismo” R.B) que a gente comprou para “comemorar a rigor” (afinal o que é mais americano que uma Diet Coke?!) foi cobrada como “pay whatever you’d like, go celebrate!”. Ficamos mais tempo lá e acabamos voltando para casa as 4:30 da manhã - num metro lotado.


Conhecido por trabalhar no West Point e ser gay
Juro que foi aleatório! Mas ele era o mais simpático!


Celebração!





Não me responsabilizo pelas semelhanças com Les Mis nessa foto
 



Hoje os americanos ainda estão comemorando, mas se tem bem claro que a Al Qaeda não terminou, muito menos o terrorismo, e que NYC ainda é um target para atentados. A segurança está dobrada nos aeroportos e estações de trem e metro e nos principais pontos da cidade pelo medo de alguma ação terrorista pós morte de Bin Laden. Entretando, as we cannot live in fear, a idéia é continuar a vida normalmente. 

Apesar da constante troca de nomes entre Osama e Obama nas conversas, Barack Obama nunca esteve tão bem falado desde a sua eleição e o prefeito Bloomberg também, discursou agora a pouco no financial district. 

Bush e Giuliani também foram lembrados como partes indispensáveis na luta contra o terrorismo. E depois de muitos anos, finalmente Bush teve um pouco de publicidade positiva para ele. Ainda se espera a divulgação de fotos para comprovar a morte de Bin Laden que de acordo com a NBC deve sair até a noite. 

Encerro esse post deixando bem clara a minha posição: não estou comemorando a morte de Osama Bin Laden, mas também não lamento a morte dele muito menos condeno a ação militar americana. Ainda estamos muito longe de ter paz, mas vamos torcer que essas ações tragam mudanças positivas e aumente a possibilidade de paz. Estou comemorando sim uma vitória, contra um dos maiores assassinos da história.