segunda-feira, 16 de maio de 2011

Wonderland... an appropriate review

Sorry guys, mas este post é só sobre musical.

A maioria de vocês sabe que eu tenho um costume de me apaixonar por um musical e querer assistir mil vezes. Bom, claro que isso aconteceu com vários desde que eu cheguei em NY. Desde agosto já passei pela fase La Cage, Addams Family, Anything Goes, entre outros. Mas hoje estou vindo aqui para dar para vocês uma review apropriada de um dos meus musicais favoritos dessa temporada: Wonderland.

Infelizmente não poderei fazer isso com uma das minhas mais novas broadway obsessions, Wonderland, pois o musical da vez teve sua closing performance hoje a tarde. O musical recebeu péssimas reviews e não foi indicado a nenhum Tony Award. Mas ao contrário do que vocês podem estar imaginando, devido as reviews e os prêmios, é um musical ótimo com um elenco fantástico.

Bom, eu sei o que vocês estão pensando, e é verdade, eu as vezes gosto de musicais ruins. Eu admito ter assistido Little Women 6 vezes e amado cada performance. Eu admito ter adorado Good Vibrations e ter assistido duas vezes Woman in White, lembrando que nem mesmo o Andrew Lloyd Webber (the composer) admitiu não gostar do musical. E mesmo com todos os defeitos e apesar de não concordar com a linha que a história teve, eu adorei o recording de Love Never Dies.

O que muitos não sabem é que existe sim uma politcagem na broadway e um atual non-spoken boicote as produções de Frank Wildhorn, o compositor (também conhecido pelos musicais de sucesso: Jekyll and Hyde e Scarlet Pimpernel, Victor/Victoria; e pelo musical de não tanto sucesso mas muito falado: Dracula, que o score era maravilhoso). E resolvi que uma das minhas missões no mundo é mostrar para todos que Wonderland é na verdade uma das melhores peças em cartaz esse ano.

A história, com base em Alice no País das Maravilhas, é ser super smart e gostosa de assistir. É o tipo de musical que prende a tua atenção e ao mesmo, consegue ser kids friendly ao mesmo que permanece interessante para adultos. Cheio de inside theatre jokes, para os amantes de teatro musical: Gypsy, A Chorus Line, Wizard of Oz e até South Pacific.

Os elementos de sucesso são bem simples:
- Personagens interessantes: uma vilã estilosa e sem um pingo de de bondade, com uma rainha louca, ego-centrica mas muito carismática (duas personagens que gostaria muito de fazer); e os times do the good versus the evil, mas todos de alguma forma tem um parafuso a menos.
- Um score que utiliza tudo que os cantores podem oferecer
- Coreografias apropriadas e divertidas.
- Figurinos maravilhosos
- A boy band: que originalmente só tinha uma música, acabou sendo adaptada para números nos dois atos e sem dúvida é o grupo mais aplaudido no curtain call.
- Números maravilhosos nos dois atos.

Mas melhor do que eu contando, é assistir alguns números:




Além de muito divertido e gerar muitas risadas, também permite que o público se emocione e muito. Eu admito ter ficado com os olhos cheios de lagrimas nas 3 vezes que assisti a peça (e para eu chorar no teatro não é assim fácil). E posso dizer que não conheço uma pessoa que saiu desse musical dizendo que foi ruim. A reação do público sempre foi ótima.

Acho que nem preciso comentar na performance de cada um deles. O ensemble em geral era maravilhoso. Mas realmente standing ovations para Kate Shindle como Mad Hatter e Karen Mason como Queen of Hearts, que roubam a cena.

Bom, da closing night o que tenho a dizer foi que foi super emocionante e a energia do teatro realmente foi muito boa - apesar do público e elenco estarem muito tristes com a situação. Obviamente fiz a social usual com o Rey e encontrei um pessoal do elenco antes da peça e estamos todos com a sensação que esse closing foi cedo de mais. A apresentação foi definitivamente memorável... mas não chegou perto do que aconteceu depois, que foi realmente a surpresa do dia.

Assim que acabou o curtain call, Darren Ritchie, que faz o White Knight, começou a fazer um discurso e era possível ver que boa parte do elenco não estava esperando o que ia acontecer, pois as reações de surpresa começaram a ficar engraçadíssimas. Bom, deixarei que vocês vejam o que aconteceu com os próprios olhos e em primeiríssima mão, mas foi LINDO. E aviso que ficou tremido no final do video porque tivemos que levantar.



Enfim, um dia de fortes emoções.

Aproveito para agradecer ao Pablo por ter me convencido a assistir o musical, in the first place. Eu achava que ia ser a pior coisa na broadway e mais brega impossível. E sim era brega, a Alice era "latina e crespa", mas era TUDO de bom! :)

Torcendo que Wonderland volte para a Broadway, at some point, ou que tenha uma longa vida em national ou international tours.

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