quarta-feira, 3 de novembro de 2010

The Cultural Life das últimas semanas: Broadway Reviews finally!

E aí, peeps, estou então finalmente e a pedidos, catching up nas atividades culturais do último mês. Foi um total de 5 musicais, 2 óperas (na verdade dress rehearsals), 1 show de jazz desde a última vez que escrevi sobre isso. O que tá, não é muito comparado com a minha média.

Aviso que este post vai ser totalmente bem focado para Broadway.

Vocês, que me conhecem, sabem que eu poderia facilmente escrever um post de cada coisa que assisti aqui, mas dada a falta de tempo para escrever tentarei ser o mais breve possível – notem que escrevi possível. Neste post só vou falar dos musicais, no próximo, possivelmente ainda essa semana, vou escrever sobre as duas óperas, o show da Jane Monheit, Halloween e as outras coisas que fiquei de escrever.

Vamos em ordem então:

Phantom of Opera, quinta feira 23/09:

Para dar esta review é preciso que eu explique algumas coisas antes, pois alguns conhecem bem a história, outros não. O Fantasma é sem dúvida um dos meus musicais favoritos, se é que não posso considerá-lo o meu musical favorito (mais aí entra uma grande competição com Les Mis, então hoje digo que estão empatados).

A minha relação com o Phantom é de muito tempo, a primeira vez que assisti a peça foi em 1999 em Londres, e desde então já assisti algumas várias vezes em diversos países (mais de 10, sem dúvida). Foi o primeiro musical que eu assisti ao vivo e acho que os meus pais até hoje se arrependem de ter me levado para ver a peça, pois isso gerou um certo custo adicional nas minhas viagens.

Para mim é um musical perfeito. De fato: é mais brega impossível, over dramatic, e tudo mais. Mas, news for you, musicais são bregas! Afinal, de onde pessoas conversam e saem cantando do nada?! Teatro musical é entretenimento e não ciência.

A música é maravilhosa, não entrarei em detalhes. Mas tá, aí digamos que tu odeias a música, aí tu tens o cenário: O Chandelier que sobe do nada, e cai no palco, a reprodução da Ópera de Paris, o cemitério, o Phantom’s Lair e o caminho até lá (cena do barquinho) e last but not least a escada do Mascarade, e citando o meu amigo Pablo: “aí você vê aquela escada e pensa: e você pensa, gente o que é essa escada?!”. É um musical de 1987, no palco se vê coisas que não se imaginava naquela época que era possível fazer no teatro. Aí, tu completa com o figurino e maquiagem. Mas tá, tu não te impressiona com o cenário, porque já viu Wicked e Mary Poppins. Bom, aí tu tem a história, os efeitos visuais e de som. Não tem como não achar uma coisa que te agrade no Phantom of the Opera.

Eu sou uma que não consigo mudar a música se tem alguma tocando. E volta e meia gosto de ouvir as gravações e assistir a peça. Independente do que possa estar acontecendo na minha vida, sempre me coloca in a good place. Eu e o Pablo inclusive criamos a teoria de que a perfeição de tudo é assistir o fantasma comendo M&Ms azul e Kitkat. E eu posso dizer que nesta quinta feira, eu vivi a utopia.

 Então vamos a short review do show: Não comentarei da produção pois sempre é outstanding.

Christine, Sara Jean Ford: although ela é uma ótima atriz que conseguiu trazer um pouco de personalidade para a personagem, era difícil de acreditar que ela seria considerada a melhor voz em Paris considerando que o resto do elenco todo era muito forte neste sentido. Mas ela não tentou ser a Sarah Brightman, e merece destaque por isso.

Raoul, Ryan Silverman: Eu adorei ele! Tá, clichê total! Não trouxe nada ao personagem, mas a voz era algo – é outra coisa quando colocam um cantor com background em ópera para fazer esse musical, né?! Carlota, Patricia Phillips: Maravilhosa! Diva total! Meg Giry, ainda a Heather McFadden: Fico triste de pensar que em alguns anos ela já vai ter passado BASTANTE da idade pra fazer a Meg, pois é excelente! Madame Giry, Cristin J Hubbard: Foi interessante, diferente do que estamos acostumados. Ela manteve a postura da megera professora de ballet, mas trouxe uma certa sweetness para a personagem, até sorriu em algumas cenas.

Phantom, Hugh Panaro: First of all, welcome back!! É impressionante ver a diferença das performances dele desde 1999. Ele não faz apenas o fantasma desde lá, mas every now and then ele volta para o elenco. E a performance, obviamente sempre amadurece, tanto no sentido de interpretação quanto vocal. É o melhor Phantom que eu já assisti ao vivo, e isso que vi o Anthony Warlow quando vi na Austrália. A última cena do trio no Phantom’s Lair é simplesmente genial.

Tentei achar vídeo para mostrar para vocês, mas infelizmente não tem. O melhor que pude achar foi uma gravação do tittle song que é uma cena maravilhosa do Hugh e Rebecca Pitcher (aviso que ela também não é uma boa Christine, though, a Christine que eu recomendo é a Sandra Joseph)

Phantom Of the Opera: Hugh Panaro e Rebecca Pitcher


However, achei o Final Lair com um elenco que é muito bom: John Cudia, Jim Weitzer e Sarah Lawrence.


O maravilhoso de assistir o Phantom tantas vezes é que tem aquele excitmente de “I love this part”, “agora é tal música”, “agora é tal coisa”, e também a gente se permite prestar atenção em diferentes detalhes e nos side characters. E preciso destacar que consegui um lugar maravilhoso, bem embaixo do chandelier.

Ahhh eu comentei que o Hugh Panaro também estava no tour com a Babs?!

La Cage Aux Folles, Sexta 8/10:

La Cage é a minha atual obsessão musical, como já falei no último post. De verdade! Daqueles musicais que tu sai com algo mais do que um folded program and a ripped ticked. É um show nostalgic and unique. É divertido, mas ao mesmo tempo trata de preconceito, família, entre outras coisas sérias de uma forma leve. E incrivelmente atrai uma platéia de idosos.

Eu fui preparada para não gostar, por alguns motivos: 1) Assisti a produção em 2004 e amei, com Gary Beach, Daniel Davis e Gavin Creel; 2) Na produção de 2004, o figurino era mais caro e o número de Cagelles era maior, nesta produção eram apenas 6. 3) Eu estava torcendo para Finnian’s Rainbow no Tony Award.

Mas digo com todas as letras que esse musical mereceu o Tony Award de Best Revival. Eu amo Finnian’s Rainbow, e de fato foi linda a produção. Sem contar que o figuro do La Cage não foi tão elaborado quanto em 2004/05, e o número de Cagelles deixou as danças um pouco menos impressionantes, mas La Cage foi GENIAL!

Primeiro: referências foram ótimas: Poses de diversos musicais como Chicago e A Chorus Line (eles começam como A Chorus Line), imitações do Albin/Zaza na música La Cage desde Ethel Merman a Kathleen Turner, passando por Edith Piaf, Marilyn Monroe entre outras. Which brings me to Tony Awards: merecidíssimo Best Leading Actor in a Musical. Para mim, a melhor performance de I am what I am.

Douglas Hodge I am What I am


Destaco ainda Kelsey Grammer (também conhecido como Fraser Crane), como George e Robin de Jesus como Jacob, que sinceramente, roubou a cena de todos o que me surpreendeu muito, pois eu não achei que ele fosse o perfil do personagem. Por mais que eu ame Gavin Creel, e destaco sempre que possível a performance dele como Jean Michel em 2004, AJ Shively também consegue fazer com que a gente se apaixone, odeie ele, e depois volte a amar.

Das músicas de La Cage, para aqueles que não conhecem: La Cage Aux Folles, Song on the Sand, Anne on my arms, I am what I am e The Best of times, Look over there is now.

E fica de treat, because it is soooo cute o vídeo da produção de 2004 de Anne in my Arms (Gavin Creel e Daniel Davis – sim o Niles do The Nanny)


Next to Normal 11/10, segunda

Next to Normal para mim foi o melhor música de 2009. Ainda acho que merecia o Tony Award de Best Musical. A história é interessantíssima, as músicas são muito bem compostas e o book não poderia ser melhor. Ganhou o Pulitzer, nem preciso comentar isso! 

Marin Mazzie arrasou como sempre, apesar do repertório ser meio grave pra ela. Bom, difícil de replace a Alice Ripley nesse musical. Jason Danieley, on and off stage husban, foi ótimo, assim como o resto do elenco. Do elenco original permanecem o Adam Chandler Berat e Louis Hobson, que é extremamente parecido com o JD do scrubs, Zach Braff.

Fica aí um vídeo do elenco original, pois não achei com o novo, mas já dá uma idéia do musical. Gabe - Aaron Tveit, Diana - Alice Ripley, Dan - J. Robert Spencer.



Promises, Promises, 12/10, Terça feira

O musical é bobinho. Muitos de vocês conhecem as músicas: I’ll Never Fall in Love Again e I say a Little Prayer, a house is not a home. Bom, são desse musical. É bem 60ths, mas o que faz com que seja um musical extremamente badalado é que o elenco é formado por vários grandes nomes incluindo: Kristin Chenoweth (também conhecida como Glinda, Sally Brown, bêbada do Glee), Sean Hayes (ou Jack McFarland ou Just Jack) e Molly Shannon (mil papéis, Saturday Night Life por anos).

Anyway, acabou dando a coincidência que eu fui assistir logo na opening night da Molly Shannon, o que foi maravilhoso. O segundo ato tem uma cena entre o Sean e a Molly que é priceless. Depois consegui falar com os três o que foi bem legal. 

Deixo aqui um videozinho de I’ll Never Fall in Love Again com Sean Hayes e Kristin Chenoweth



The Adams Family, 13/10, Quarta feira

Quando o elenco é formado por Nathan Lane, Bebe Neuwirth, Terrence Mann, Carolee Carmello e Jackie Hoffman, não dá pra pedir mais nada. É mais do que a garantia de um ótimo show. Além disso, é divertidíssimo e cheio de inside theatre jokes, que são piadinhas especiais para o público dos musicais. 
A performance foi divertidíssima!!!! Incluindo improvisos, devido ao uma lâmpada que estourou no palco deixando Nathan Lane e Bebe Neuwirth com ataques de riso. Posso escrever de todo o elenco páginas elogiando o show. Principalmente porque sou mega fã dos 5 atores que comentei.

Addams family traz coisas bem tradicionais da Broadway. As coreografias, as músicas, lembrando um pouco do que o The Producers fez, principalmente com as referencias de outros musicais (Sound of Music, por exemplo) e piadas como “And what’s better then singing? Singing and Dancing!”. Great show para os leigos.

Citando a frase da Lucrecia "É uma piada que eles fazem especialmente pra gente. Tu vê quem sabe de musical pelo número de 'good byes' que as pessoas demoraram pra entender a piada. A gente começou a rir no primeiro"

Fica aqui um preview para vocês.



Alguns trivia points here:

- Sabem o Terrance e o Phillip do South Park?! Segundo algumas linhas de estudo, dizem que estes personagem são named after Terrence Mann e Philip Quast que foram dois importantes Javert's no musical Les Miserables, que também serve de inspiração para o filme do South Park. Destaco do currículo de Terrance Mann OBC de Les Mis como Javert, Beauty and the Beast como Beast e Cats, Rumtum Tiger. Além de fazer o coreografo no filme A Chorus Line. Além disso, foi o último Javert que eu assisti antes da produção original do Les Mis fechar na broadway.

- A Krysta Rodrigues eu assisti no Good Vibrations. Inclusive estava sentada do lado do namorado dela na peça. Só lembro dela porque ele falava pra todo mundo que a namorada tava na peça e tirava fotos dela.

- A Bebe Neuwirth é Lilith, ex-esposa do Fraser no seriado. Além disso destaco: Velma no OBC do Chicago.

Avenue Q, 17/10, Domingo.

Bom, nesse dia eu fui com a Lucrecia assistir Avenue Q, agora na versão off broadway. Primeiro que as duas dublaram o musical o tempo todo. Foi ótimo! Cortaram algumas coisinhas, mas sinceramente, continua sendo o musical que eu levaria meus amigos que que não gostam/conhecem musicais. Humor politicamente incorreto o tempo todo, realmente facilita para agradar a todos. Se tu não gosta das músicas sem dúvida vai rir das piadas.
Deixo aqui um vídeo para quem quiser conhecer:


Espero que os que são já musical theatre geeks, like me, tenham gostado das reviews e dos vídeos. E espero que os que não conhecem musicais tenham aprendido um pouco mais depois desse long post. Já estou com uma ótima lista de musicais marcados para Novembro e Dezembro. I will keep you posted! :D

Beijos

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