terça-feira, 14 de dezembro de 2010

It's the most wonderful time of the year... Holiday season in NY

Chegou a pior época do ano para se estar em NY: Holiday Season!! É quando a cidade fica super lotada de turistas, mal se consegue andar por algumas ruas (34th, e times square area, rockefeller center, por exemplo) e é praticamente impossível entrar em qualquer loja nos finais de semana. Fun, fun, fun. Para manter a sanidade e o nível de calma, alguns, como eu, acabam pensando em diversas maneiras de eliminar turista por turista, mas não fazem nada, apenas utilizam os pensamentos para conforto próprio.

Tem feito muito frio. E hoje estamos tendo a primeira neve do ano, meaning, amanhã vai estar FRIO, a cidade vai ficar super bonita e depois super caótica!


Por outro lado, tirando a super lotação e o caos, a cidade fica linda toda decorada de natal, e com holiday music. Eu adoro pois aprendi todas quando era do glee club do meu colégio na California. Essa é a única época do ano em que se pode cantar The Christmas Song (Chestnut roasting on an open fire) sem ser estranho - coisa que eu e o Ricardo nunca levamos a sério nas aulas de canto em POA.

 
Além disso, essa época do ano desperta o melhor em todos nós: Christmas shopping!!! E christmas presents!! Não comprei muito nos últimos dias e também não ganhei praticamente nada. Mas posso dizer que meu presente de natal por enquanto foi realizar um sonho de consumo de muitos anos de sair andando pela cidade com uma sacolinha azul de uma loja bem conhecida.

Ahhh e estou de férias da pós e já inscrita para as próximas aulas.

E outra novidade, descobri que o Owen Wilson mora aqui perto! Encontrei ele no metro sábado - believe it or not!

Aulas de dança e canto:

O pessoal tem perguntado bastante como andam as aulas de dança e canto: Estão ótimas! Faço aulas de canto com o Andrew, marido da Cláudia. Obviamente é super divertido. O Andrew fica meio apavorado, no bom sentido, com as notas graves - mas realmente, tem dias que eu tô praticamente um barítono. O repertório 100% broadway, por enquanto (Hairspray, Les Mis, Song and Dance e Cabaret foram os últimos). Estamos focando bastante em belting, o objetivo é soar como a Jennifer Holliday.
 
Nas aulas de dança, continuo uma bailarina velha, mas já BEM melhor do que no início. Por semana, tenho feito em média duas aulas de theatre dance (a princípio com o Jim Cooney) e uma aula de ballet. A aula de ballet é aquela coisa de sempre. E penso em retomar o sapateado no próximo semestre.

As aulas de theatre dance são ótimas! A princípio sempre se usa algum prop (chapéu, bengala, guarda-chuva, etc) para as coreografias. Essa semana estávamos fazendo uma coreografia do filme Burlesque, dançando em cadeiras - bem Don't Tell Mamma do Cabaret. Foi bem challenging, porque além de ter que se equilibrar na cadeira, enquanto faz todos aqueles movimentos, tinha que interpretar as personagens... - detalhe, a cadeira era para pessoas altas! Não lembro ter tido tanta dor muscular depois de uma aula.


A vida imita a arte: Depois das aulas do Burlesque, estou eu cozinhando (sim... eu cozinho) em casa quando do nada soa o alarme de incêndio. O único jeito de eu desligar a coisa foi subindo num dos meus bancos de bar que são altos para apertar num maldito botão. Ainda bem que tive o treinamento na aula, não?!


Show do Bryan Greenberg e Lançamento do Black Swan

Duas atividades de última hora que foram divertidissimas. Eu e as gurias fomos no show do Bryan Greenberg. Eu não o conhecia como cantor, só como ator. Ele não toca ou canta muito, mas o show foi divertidíssimo. Fizemos amizade com a banda e eles nos convidaram pro after party. Depois acabamos indo para outra festa, no club Juliet, que só chegando lá fomos descobrir que era a festa de lançamento do filme Black Swan.
 
Sinal de admiração: imitando as orelhas do Bryan



No dia seguinte tivemos a nossa primeira despedida do grupo... a Mônica, a mais sensata  e calminha do grupo, estava voltando pro Brasil. Agora ela já está aproveitando o calorão de Fortaleza e nós aqui na neve. 

De noite, como estavamos no clima "despedida, cansadas, não vamos sair", eu e a Célia fomos a times square assistir um musical - afinal, se tu não tem o que fazer em NY, why not ver uma peça?!

E por falar nisso, desde o último post, a lista de 5 musicais aumentou para 9, incluindo Spider-Man (by Bono). 

Broadway Reviews:
 
Bom, assisti dois repetidos, então como tem muito o que catch up nas reviews, não fazer outra aqui. Mas corrigindo uma gafe do post de reviews anterior: A Little More Mascara está também na lista de músicas maravilhosas de La Cage.

Rain: A Tribute to the Beatles - sinceramente, eu achei que seria péssimo! Mas foi MARAVILHOSO!! Os atores pareciam muito os Beatles, principalmente o Paul. Claro, não é a mesma coisa que assistir os verdadeiros, mas é um tributo. A orquestragem foi perfeita, e outra, conseguiram deixar o Neil Simon Theatre com o clima de um show dos Beatles. Não é para qualquer um levantar uma platéia inteira da broadway, mais de uma vez. O show acaba cedo de mais, e admito ter sentido falta de algumas músicas como Help, Yellow Submarine, Ticket to Ride, If I Fell, e Penny Lane. Assisti com meus pais e depois com meus amigos brasileiros e amei as duas vezes. Cantei e dancei muito e definitivamente nasci na década errada.

Bells Are Ringing, Encores!: Ahhhh, eu amei, né?! Encores! e Kelli O'Hara, melhor do que isso só descobrir que o Will Chase tá cantando muito! O musical é fofíssimo, e produção encores significa que são poucos os que conseguem ingressos, so I am glad I did.

Million Dollar Quartet: O MÁXIMO! Front runner para o Tony Awards do ano passado, e como não assisti Memphis ainda, não posso comentar se deveria ter ganhado ou não. Tudo bem que não é o Johny Cash, o Jerry Lee Lewis, o Elvis e o Carl Perkins. Não chegam perto, mas bring down the house!! Hunter Foster tá impagavel como Sam Phillips. Elizabeth Stanley, sem comentários! Canta com uma facilidade absurda. Mas destaco principalmente Levi Kreis como Jerry Lee Lewis, que é inacreditavel! E deixo a minha dica, se forem assistir o musical, sentem do lado esquerdo do teatro para poder ver o piano, vale a pena. Prova número 2 que nasci na década errada. O musical é muito bem montado, e acho que todo mundo se emociona ao ver a foto e ouvir no final a gravação original do dia que se passa essa história. 

The Scottsboro Boys: Quando as músicas são de John Kander (Cabaret, Chicago) e a direção é de Susan Stroman (The Producers, Young Frankenstein) as expectativas são altas. Mas a verdade é que dá pra se entender porque o musical vai sair de cartaz - não é nada comercial, e todos os personagens terminam mal, ou seja, tu sai do teatro num clima pior do que o que tu entrou (e isso é vindo de uma pessoa que ama Les Miserables, ou seja, it's bad). Fora que trata de um problema social que já foi resolvido há um bom tempo. A música não é ruim, tinha algumas coisas bem estilo Kander. O problema foi o book mesmo, e a super direção coreografada. A Stroman tem um péssimo hábito de querer colocar dança em tudo, e às vezes não convém. Eu já tinha percebido isso no filme The Producers e no Young Frankenstein e nesse musical ela simplesmente repete o mesmo erro.

Bloody Bloody Andrew Jackson: Ai... não me batam, mas eu gostei. Tá, não é uma mega produção, não é a melhor música ou direção ever, mas é entertaining. (E eu admito que as vezes posso gostar de coisas que não são boas - Little Women comes to mind). A atuação é feita pra ser tosca, no início fica até meio forçado, mas depois entra no clima e eu ri MUITO! Demos sorte de assistir o Heath Calvert (que já conhecia do Hair e Good Vibrations) como Andrew Jackson. O elenco bem jovem e em geral foi bom. Enfim, musical divertido, mas definitivamente longe de ser maravilhoso.

 E agora a review mais esperada da temporada:
 
Spider Man Turn Off the Dark: 

Bom, durante o semestre todo, tem tido muita especulação se o musical vai ou não estreiar. A idéia deles é um tanto inovadora, então foram alguns acidentes, processos, testes e assim vai. O musical começou as previews semana passada. Eu assisti nessa quarta feira e foi a primeira run through sem paradas. Em média eles estavam parando em torno de 4 vezes por espetáculo para lidar com os problemas técnicos. O intervalo foi de 45 minutos para que eles lidassem com os problemas que apareceram, mas o show não foi interrompido nenhuma vez.

Tendo Bono and the Edge como compositores, a expectativa era alta para a música e infelizmente deixou a desejar. Se tiveram duas músicas boas que eu escutaria no meu mp3 player foi muito. E não tinha muita história. A verdade é que eles tentaram fazer muito em muito pouco tempo e no final não exploraram nada de mais. Fico curiosa para assistir depois da estréia e ver que mudanças que eles vão fazer na música e no book.

Por sorte ao invés de colocarem a Evan Rachel Wood como MJ, Jennifer Damiano está no papel, e eu amo a voz dela, além de achar ela bem a cara da personagem (mesmo não mudando muito da Natalie em Next to Normal). Reeve Carney foi interessante como Peter/Spiderman, vocalmente ele é ótimo, mas deixou um pouco a desejar na atuação, mas o papel é bem puxado para alguém que seja mais roqueiro do que qualquer coisa. Outros nomes conhecidos: Matt Caplan (que assisti como Mark no Rent e jamais teria pensado em colocá-lo como um bully) T.V. Carpio (Spelling Bee a que canta I Speak Six Languages). O trabalho de ensemble tá bem legal e não é uma peça de estrelas. 

Por mais que não tivesse muita história e as músicas não fossem lá essas coisas, admito ter ficado BEM impressionada com as cenas de luta no suspensos em cima da platéia. Os figurinos são muito bem pensados e as coreografias também. Sem dúvida é um musical que pode melhorar muito, mas eles tem muito trabalho pela frente.

Bom, encerro o post por aqui, até porque ficou interminável de novo.
Beijos

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